Nas últimas semanas li a edição da
em que a Ale falou sobre como arrumar a casa arruma as emoções. Aquele sentimento de que quando tudo dentro da gente tá bagunçado, começar a arrumar por fora é a melhor solução. E eu concordo demais com isso. Eu sou aquele tipo de pessoa que adora sair organizando e colocando tudo no lugar. Ordenar os chicletes que ficam no caixa da padaria, alinhar as caixas de leite do supermercado… Faço questão de ver cada coisinha em seu lugar.Poucos dias depois de ler a edição da Ale, começamos um processo de pintura geral aqui em casa e percebi que se organizar do lado de fora nos organiza do lado de dentro, desorganizar do lado de fora… Já entendeu, né?
Eu estava contando os dias para essa pintura acontecer. As paredes já tinham algumas rachaduras, as cores estavam gastas, e eu ansiava por aquele sentimento de frescor que dá quando tá tudo novinho, limpinho, de cara nova.
Só que eu, na ingenuidade dos meus 26 anos, de quem nunca morou em uma casa que estava sendo pintada ao mesmo tempo, não parei para pensar que antes do sentimento de frescor, ia vir a bagunça. Muita bagunça. Respingos de tinta para todo o lado no chão que eu tive que dizer para mim mesma que seriam limpos depois toda vez que passava por eles. Móveis trocados de cômodos, cacarecos (são TANTOS!) empilhados em caixas de papelão, uma sensação de que a bagunça nunca vai se desfazer. Tudo isso sendo enfrentado enquanto eu escrevo esse texto para que, daqui a alguns dias, a gente tenha o sentimento de frescor.
E a bagunça da casa vai se estendendo e emaranhando pra dentro da gente. Minha mãe ficou estressada e cansada porque as camas e sofás todos estavam embaixo de lonas, eu não consegui concentrar no trabalho pensando em tudo que teria que pendurar na parede do meu quarto, e por ai vai. Falamos várias vezes durante a semana que a casa foi virada do avesso, mas esquecemos de comentar que nós, que moramos nela, fomos também.
Essa casa, onde a maioria dos cômodos viu tinta fresca pela última vez a quase 14 anos atrás, pedia desesperadamente por essa transformação. Porque a 14 anos atrás, quando a gente se mudou para cá, ela representava coisas diferentes do que representa hoje. Ela abrigava pessoas diferentes. Os mesmos corpos, mas outras versões dessas pessoas que hoje olham para a bagunça e se desesperam. E assim como quem mora aqui, ela também precisava dessa cara nova, desse sentimento de frescor que renova as energias, os ares, traz coisa nova e boa para circular aqui dentro.
Essas semanas tem sido a tempestade antes da calmaria (ao contrário que diz o ditado mesmo), mas ao mesmo tempo que sinto que minha vida deu um pause geral para ver minha casa se refazer de dentro pra fora, começo a sentir um comichão de que talvez era isso que faltava para que todo o resto se refizesse. Talvez no final desse processo aconteça exatamente o que a Ale disse na news dela, que a gente começa a colocar as coisas físicas no lugar e, como se num passe de mágica, todo o resto começa a se encaixar também.
Pelo menos é nisso que eu vou focar nos próximos dias, enquanto a casa continua com cheiro de tinta e o chão continua respingado de branco.
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
A pintura da casa. Especialmente trocar a cor da parede do escritório, que com certeza está no top 10 melhores momentos do meu ano até agora.


o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Também a pintura da casa. Todos os meu livros estão encaixotados, meu pulso está dolorido de tanto parafusar suporte de prateleiras nas paredes e eu não tenho previsão de quando vou conseguir colocar tudo 100% no lugar. Mas tudo bem, estamos indo sem pressa.
e o sol já vai se pondo 🌄
Como sempre, eu vou amar se você me contar nos comentários o que achou dessa edição.
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Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…