Bom dia, boa tarde, boa noite meus queridos e queridas.
Hoje eu quero falar sobre ✨aprender✨.
olhando pro céu (e pensando em um monte de coisas) ☁️
Levou um tempo para que eu conseguisse fazer a separação que eu vou explicar para vocês agora, e talvez alguém que esteja lendo essa newsletter também se identifique com isso.
Bom, fato é que eu percebi que eu adoro aprender coisas novas, mas eu morro de preguiça quando é algo que tem uma “obrigação” escondida por trás. Na faculdade isso significava que eu fugia de assistir os filmes clássicos, e no trabalho isso significa que a ideia de fazer um curso novo me faz perder alguns meses de vida. O problema é que antes de fazer essa separação eu acabava por não aprender nada novo.
Já vou deixar um disclaimer aqui de que, apesar de morrer de preguiça de fazer cursos, etc, sobre assuntos relacionados a minha vida profissional, eu tenho feito um esforço danado de não deixar com que isso me deixe estagnada como profissional, afinal continuar aprendendo é importante em todas as áreas da nossa vida, mesmo que a gente tenha preguiça. Agora continuando.
Por um tempo eu me senti meio errada por pensar assim. Sempre que eu via alguém falando sobre aprender algo novo, era algo que fosse ficar bom no currículo, que o tornasse um profissional mais desejado, que o deixasse mais perto de um cargo específico e eu definitivamente não estava pensando nisso para mim mesma. O pensamento que sempre me vinha era “caramba, que preguiça danada que eu tenho disso”. Mas aí eu percebi que era essa pressão doida da nossa geração de ser nunca ser um profissional “completo” que me dava preguiça, e não a ideia de aprender algo novo.
A
falou disso na news dela (a ) e, parecido com o vídeo do Mujica na última edição, alugou um triplex na minha cabeça. Ela disse:“Sei lá, eu sou arisca a esse movimento, ao aperfeiçoamento interminável. Tenho pavor de que grande parte da minha vida se resuma a subir uma escada cujo topo não me interessa — apenas o meio.”
Talvez como uma rebeldia inconsciente, ou talvez seja só meu lado artistona mesmo, mas nos últimos anos eu tenho tido uma ânsia de aprender TANTA coisa nova, e nenhuma delas tem a ver com o cargo que eu exerço profissionalmente.
Por exemplo, eu me pego louca para fazer aula dos mais diversos instrumentos musicais, ansiosa pelo dia que vou ter tempo na rotina para fazer aulas de desenho e, depois disso, quando conseguirei fazer aulas de pintura. Todas essas coisinhas moram numa lista mental que eu tenho de coisas que sou louca para fazer e que, honestamente, acho que me manterão ocupada por umas boas décadas da minha vida.
Porque se tem um papo que não me pega (ou pelo menos ainda não me pegou) é o de que eu tô velha demais para começar algo novo. Nunca se está velho demais para começar alguma coisa. Então eu continuo adicionando coisas nessa lista de habilidades que quero adquirir e que não vão parar no meu currículo. E tá tudo bem, porque como a gente já falou na última edição, a vida não é só sobre trabalhar. A vida também tem que ser sobre nutrir nossa alma, as coisas que a gente ama lá no fundo sem nem saber porque.
Mas se você tá preso nessa ideia de que tá velho demais para começar algo novo, deixa eu te trazer um raciocínio lógico que pode te ajudar a largar mão disso.
Se eu tivesse começado a aprender a tocar violão aos 15 anos, e tivesse 10 anos de prática, eu tenho certeza que hoje eu tocaria violão um bocado bem. Porque com dois anos de aula eu toco até direitinho, mas caramba, se eu tivesse 10 anos de prática eu seria o bicho. E eu estou considerando 10 anos porque nós, humanos normais que precisam dedicar 40 horas (se não 44) de suas semanas para um emprego que te dá dinheiro para sobreviver, não temos lá todo o tempo do mundo disponível para se dedicar a aprender algo novo, certo? Se você tem filhos, uma casa para cuidar, freelas para fazer… Tudo isso acaba complicando ainda mais. Mas ei, 10 anos é um bocado de tempo. Mesmo que você tenha 2 horas por semana para se dedicar a alguma coisa, com dez anos em cima disso eu garanto que você chega lá.
Seguindo essa lógica, se eu começar a aprender um novo instrumento agora, com 25 anos, aos 35 anos eu serei ótima nele. E se começar outro instrumento aos 35, aos 45 eu serei ótima nele. Dos 45 aos 55 eu posso aprender mais um, e antes dos 60 eu seria uma banda completa de uma mulher só. Se o brasileiro hoje tem expectativa de vida de 77 anos, eu ainda teria pelo menos 17 anos para aproveitar a beça todas essas coisas que eu aprendi.
E bom, e nesse meio tempo eu posso aprender outras coisas também, não é? Afinal, pensa aí:
Quantas e quais habilidades você desenvolveu nos últimos 10 anos?
Eu nunca quis tanto que você deixasse um comentário e me respondesse essa pergunta
Mas ainda assim, depois de todo esse raciocínio, ainda vai ter gente vindo me dizer que tá velho demais para começar algo novo. Bom, se esse algo novo não tiver a ver com o trabalho, né? Porque pelo trabalho, meus amigos, as pessoas se metem nos cursos mais estúpidos e entregam seu tempo como se ele desse em árvores. Quando falamos de trabalho, estamos sempre atrasados para aprender algo novo, mas quando falamos do que a gente ama, do que nos faz feliz, nunca há tempo suficiente.
Será que o ponto de virada está, então, não no tempo que temos, mas em como priorizamos ele? Pensa aí e me conta.
links que tem a ver com o tema 🌱
(inventei essa moda agora)
A edição completa que tem o trecho que deixei lá em cima da
:
Mais uma vez, o vídeo do Mujica: (não vou me desculpar por ser repetitiva porque eu avisei que isso iria acontecer)
Este post:
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Não tenho nada extraordinário para contar para vocês hoje. Tenho tirado um tempinho para tocar meu violão, tô tentando voltar com o ritmo de escrita que estava antes das férias e tô curtindo minha cachorra. Falando nela, segue uma galeria de fotos para trazer fofura para seu dia:



o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Se você vê as pessoas viajando a trabalho e acha chique, acha legal, queria ser como elas, pense duas vezes. Viajar a trabalho também significa trabalhar mais, dormir fora de casa, não ter streaming na tv no hotel, pagar (caro) para comer e correr o risco de ter o voo de volta para casa atrasado.
Abril tem sido tão caótico e corrido como eu imaginei que seria.
e o sol já vai se pondo 🌄
Como sempre, eu vou amar se você você clicar no botão abaixo e mandar essa news para alguém que você acha que pode gostar dela:
ai, Clara <3 fiquei felizona com a citação da newsletter!
Me vi no texto, to nessa vibe de violão, ukulele, macrame, moto escola... e "é só o começo" ! Haha