meu quintal #24: redes sociais: fã ou hater?
ou como eu gosto de chamá-las: redes *anti sociais
O tema para essa edição está na minha listinha de ideias desde que lancei o meu quintal, a quase 1 ano (já tem quase um ano!!!). Ele ficou aqui parado porque eu nunca soube bem como iria falar sobre isso, mas uma edição da
me deu o estalo que faltava.Já tem uns anos que eu vivo uma relação de tapas e beijos com as redes sociais, principalmente o Instagram. Fã ou hater? Depende do dia.
Esse caso de amor e ódio começou lá em 2018, quando eu estava no processo de fazer meu TCC na graduação. Isso porque no meio da correria, da lista interminável de coisas para serem feitas, eu descobri que gastava cerca de 2h do meu dia no Instagram. E percebi junto que toda vez que eu abria o aplicativo, o que acontecia a cada 10 minutos por puro reflexo, eu ficava mais angustiada e ansiosa, e não menos. Lembro que pensei “meu Deus, eu poderia resolver TANTAS coisas com 2h, e tô gastando esse tempo aqui olhando a vida dos outros”. Foi um empurrão para eu mudar meu uso da rede.
Falei à beça sobre isso com meus amigos na época, queria que todo mundo soubesse o quão libertador foi. Passei de 2h diárias para até esquecer de entrar no aplicativo alguns dias. Comecei a perceber o quanto somos hiper estimulados e bombardeados de informações quando entramos nessas redes, e como a vida com a tela do celular virada para baixo é muito, muito diferente.
Na minha experiência, existe uma sensação esquisita, meio angustiante, que dá no meio da garganta quando sou puxada demais pra esse mundo virtual. Sensação essa que simplesmente some quando eu me afasto de lá. Você vai entender um pouquinho desse alívio quando ler o que a Liliane contou na edição dela (você deveria ler imediatamente depois daqui).
O tempo passou e eu fui fazendo as pazes com o Instagram. Nem de mais, nem de menos no meu dia. Comecei a fazer photo dumps mensais para guardar os acontecimentos daquele mês, passei a seguir quem realmente faz sentido e continuei me “vigiando” para passar mais tempo fora de lá do que dentro. Nos últimos meses me forcei a virar amiguinha do Instagram de novo porque percebi que ele (junto com todos esses outros apps) são um caminho muito, muito importante para eu realizar alguns sonhos.
Tava tudo indo bem, mas aí chegou esse mês. Abri a seção de “Tempo de Uso” do meu celular e quase caí dura para trás. No dia 9/10 eu fiquei 1h30min no Instagram. No dia 11, 1h17. Dia 12, 1h12 min no Insta e 1h11 min no Twitter. A média de todos os dias do mês seguem por aí. E engraçado… eu tô ansiosa e aflita esse mês inteiro. Coincidência?
Eu conheço o lado legal das redes. Sei que o Insta é delicioso para saber as novidades dos amigos, que no Twitter X tem memes ótimos no meio de muita coisa ruim, sei até que o Tiktok é uma plataforma muito legal para as pessoas divulgarem seus trabalhos e que ele realmente entrega para quem precisa, mesmo que por outro lado seja quase um aplicativo de hipnose (na minha insignificante opinião). Sei que me afastar de todas essas redes de vez não vai me levar aonde eu quero chegar, por mais que a vontade seja de deletar tudo do celular e só viver no mundo real daqui pra frente. Minha 1h de Instagram seria para ler, a outra 1h de Twitter X voltaria a costurar e todos os minutos que acumulo nos outros apps tocaria violão. Tudo que recentemente não tenho tido tempo de fazer.
Vivo num cabo de guerra entre habitar a internet e não deixar que ela me sugue para dentro dela, porque viver no mundo real é gostoso demais. É mais leve, não pesa a cabeça tanto quanto o virtual. É mais macio porque tem abraço, é mais fresco porque o vento bate no rosto.
Eu não tenho a resposta certa do que devemos fazer em relação a isso, porque acho que vai de cada pessoa. Só acho que é super importante cada um saber exatamente o efeito que esses aplicativos têm sobre seu próprio humor e sentimentos. Acho importante a gente saber que às vezes as horas a mais que procuramos no nosso dia estão dentro do nosso celular. A resposta é mais simples do que parece, na maioria das vezes.
Já eu, vou tirar um livro da estante e pegar um caderno pra escrever. Vou colar um post-it em algum lugar para me lembrar de dar um rolê no meu quintal, dar uns beijinhos nos meus cachorros e sentar no sofá com minha mãe. E sugiro que você faça o equivalente disso para a sua vida também.
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Descobri um jogo chamado “House Flipper”, que basicamente é só a parte boa do The Sims: construir casas. Se você assim como eu adorava construir e mobiliar as casas no The Sims, você com certeza também vai perder algumas horas jogando House Flipper.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Como já falei no texto, ter percebido que o meu tempo de uso do celular aumentou foi um tapão na nuca. Tô com uma lista de coisas para fazer na minha cabeça, e isso começou a me deixar um pouco ansiosa, e gastar 1h do meu dia no Instagram não ajudou muito isso.
links que tem a ver com o tema 🌱
1 - A minha edição praticamente acabou, então agora VÁ LER O TEXTO DA LILIANE PRATA!
2 - Extra: Depois de enviar essa newsletter eu dei de cara com um texto do
, e fiz questão de voltar e deixá-lo linkado aqui. O Rodrigo aprofundou bem nesse assunto de uso de redes sociais, e explicou um monte de coisas que não consegui desembolar na minha própria cabeça. Depois de lerem o texto da Liliane, já passa pra esse aqui:sobre mim
A propósito, eu sou a Clara. Tô desde 2018 tentando fugir das redes sociais, e a cada dia percebo que é menos provável que eu vá conseguir. Como eu adoro dizer, equilíbrio é tudo nessa vida, então vamos tentar encontrar o equilíbrio…
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…
e só pra reforçar o que já falei: amo sua escrita leve! inclusive é um belo respiro dos males das redes sociais
como sempre: ciruuuuuuurgica!!!