Todo mundo nasce com algum tipo de muro em torno de si. Diferentes tipos de muros, mas te garanto que ninguém está isento deles. Eu, assim como a maioria das pessoas, tive que aprender a dar meus pulos sobre eles no decorrer da vida.
Hoje parei pra pensar nos muros que ainda existem em volta de mim, alguns altos, imensos, como nunca vi antes. Acho que quando a gente é criança ou adolescente, a gente não percebe tanto esses muros em volta de nós. Seguimos nossa vida dentro das paredes que nos cercam, e o momento em que percebemos a existência delas é sempre um choque. E talvez o segredo de quem sonha seja não dar tanta importância a esses muros.
Comecei a pensar em tudo isso porque a meses atrás minha psicóloga me disse uma coisa que até hoje ressoa na minha cabeça: eu não me permito sonhar. Não livremente, não alto, não longe. Sempre com os pés no chão, busco a praticidade: o que dá e o que não dá pra fazer?
Esses dias fiquei me perguntando se o meu problema é a minha hiper consciência da presença dos muros que me cercam. Talvez por ter tentado escalar esses muros quando eu era mais jovem, destemida e sonhadora, e ter caído tanto de costas no chão, hoje eu me tornei muito mais cuidadosa (para não dizer medrosa) na hora de tentar escalá-los.
Tento não sonhar muito para além dos meus muros, e isso me impede de sonhar bastante. Faço aconchego e me mantenho na minha caixinha com medo da frustração de não conseguir alcançar o outro lado.
Ser adulto tem um quê de viver sabendo o que quer e sabendo o que pode, e quase sempre sabendo também que há um muro entre esses dois mundos. Talvez esse muro que me separa de chegar até onde eu quero até seja um muro fácil de pular, de quebrar. Talvez ele só precise de paciência, constância, trabalho e perseverança, coisas que eu sei que eu tenho dentro de mim, coisas que já me fizeram pular muros antes. Mas ainda assim, estar de volta dentro desse muro, que por um tempo eu achei que tinha pulado, às vezes é desanimador.
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Meu livro atingiu a marca de 200 avaliações na amazon. “E o que muda quando você atinge 200 avaliações?”, minha mãe me perguntou. Não muda nada. Mas muda que agora eu sei que 200 pessoas leram meu livro do início ao fim.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Gripei pela segunda vez no ano, peguei uma dor de garganta chata, trabalhei até falar chega, errei a mão na fritura e senti azia, to com um dos furos da orelha inflamado a mais de uma semana sem melhorar.
a propósito, eu sou a Clara
e as vezes sinto os muros se fecharem em torno de mim, mas tenho feito um exercício consciente de ir além deles na minha imaginação.
“Entre suspiros (de amor e limão)” é meu primeiro livro e está disponível na Amazon, agora com 200 avaliações para te convencer a dar uma chance pra essa história! Se você gosta de comédias românticas, ou se está em busca de uma história levinha para preencher seus momentos de descanso, esse livro é pra você!
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…