Se preparem, hoje eu tô nostálgica. E emocionada.
olhando pro céu (e pensando em um monte de coisas) ☁️
Eu tenho um bocado de livros no meu quarto. Só percebo isso quando tiro tudo das prateleiras para limpar, coisa que eu deveria fazer com uma frequência maior, já que além de livros, eu também tenho rinite. Mas tenho um pouco de preguiça, sabe como é.
Esses dias para trás resolvi encarar essa missão e tirei tudo das prateleiras para limpar, tirar poeira, reorganizar, etc. E na hora de voltar tudo pro lugar decidi deixar um livro de fora para reler, coisa que eu já estava com uma cosquinha para fazer a alguns meses. O livro que ficou de fora foi “Fazendo Meu Filme 4” da Paula Pimenta. Tenho certeza que meu público vai se dividir entre pessoas que leram e adoraram e pessoas que nunca nem consideraram pegar esse livro para ler. Mas para mim ele tem história, então senta que lá vem ela.


Quando eu tinha 13 anos, botei na minha cabeça que faria um intercâmbio para Los Angeles, que é o point da indústria cinematográfica. Eu queria ser atriz (nada me apavora mais do que a ideia de ser atriz hoje). O plano era que isso acontecesse quando eu fizesse 15 anos. Bom, os 15 anos chegaram, mas a viagem não. Mas chegou meu exemplar de Fazendo Meu Filme 1, que alimentou esse meu sonho mais um pouquinho.
Eu ganhei o primeiro livro dessa série da minha madrinha, no meu aniversário. Como o primeiro livro fala justamente sobre intercâmbio, minha madrinha achou que tinha tudo a ver comigo. Mas a série me fisgou para além disso. A personagem principal ama cinema (eu também amava), queria fazer faculdade disso (eu acabei decidindo que também queria) e por aí vai, já sabe né? Fazendo Meu Filme virou o livro que marcou a minha vida.
O meu sonho do intercâmbio bateu forte por mais alguns anos, troquei de ideia sobre o destino da viagem algumas vezes, comemorei os 16 e 17 anos, mas o intercâmbio foi ficando para depois. Tá ficando pra depois até hoje, caso você esteja se perguntando.
Enfim, pulando para o último livro da série: a história se passa em sua maioria em Los Angeles. E pensa só, para uma menina que queria cursar Cinema (de preferência fora do país), ler sobre essa cidade, essa personagem, realizando coisas que viviam rodando dentro da minha cabeça… Esse virou o meu livro preferido da série rapidinho. Eu queria e sonhava em viver tudo aquilo, era como se a Paula Pimenta tivesse colocado todos os meus pensamentos no papel, e eu sei que não sou a única leitora dela a pensar isso.
Eu fiz faculdade de Cinema no final, mas em BH mesmo. Não teve intercâmbio, não teve muito glamour. Tiveram sim, amizades que duram para sempre, diversão para fazer filmes, frio na barriga nas exibições e tantas outras coisas.
E eu cheguei a reler o primeiro e o segundo livro da série depois que os li pela primeira vez. O terceiro eu só li até a metade, porque o final é triste e não quis encarar essa montanha russa emocional de novo. O quarto eu não abri nem a capa desde que o li pela primeira vez, quando era adolescente e sonhava em fazer faculdade de Cinema em Los Angeles. Porque eu decidi reler ele agora? Porque caso você não saiba, passei dez dias em Los Angeles em Março deste ano. E vou falar para vocês que reler esse livro tá sendo uma experiência surreal.


Não só porque eu reconheço os lugares que a personagem menciona, mas porque eu conheço de perto os sentimentos que ela narra. Minhas duas melhores amigas moram em Los Angeles, motivo pelo qual eu fui pra lá. Então eu conheço o tamanho da saudade de quem tá longe, eu conheço a emoção de quando alguém vem ou vai visitar, eu conheço o aperto no coração de ir embora. Eu sei como a amizade muda, mas nunca some, sei que é impossível contar tudo que acontece por mensagens ou chamadas de vídeo, sei que gostoso mesmo é sentar no sofá da sala e conversar por horas, independente de onde no mundo isso aconteça.
Esse livro significava e marcava uma época tão específica da minha vida, mas relendo ele agora, ele virou tudo de cabeça pra baixo. E eu acho muito louco, incrível e lindo como a vida faz isso com a gente. Ela leva a gente por caminhos diferentes pra depois a gente entender que, realmente, aquele primeiro caminho não tinha nada a ver conosco. Relendo esse livro, que por tanto tempo eu quis ser a protagonista, eu percebi que na realidade eu sou amiga da protagonista, a que vai visitar, a que leva um pedaço do Brasil com ela, a que é constante independente de todos os desafios que existem em morar fora. E a alguns anos eu torceria o nariz para isso. Iria querer sim, ser a protagonista, ia bater o pé que aqueles sonhos cabiam para mim independente de todo o meu corpo dizer o contrário. Mas que bom que a gente cresce, né?
Porque hoje eu sei que a amiga da protagonista também tem a história dela. Ela também realiza seus sonhos, ela também vive momentos inesquecíveis. A história dela também tem final feliz. A única diferença é que ninguém a escreveu ainda. E que graça teria, não é mesmo, se alguém já tivesse escrito a minha história.
Narrei tudo isso para falar de como as coisas se ressignificam, sem perder o primeiro significado. E que é gostoso demais que algo consiga nos acompanhar por mais do que em apenas uma fase das nossas vidas.
Revivam as coisas que foram marcantes para vocês, sejam elas um livro, um filme, um lugar, uma comida… Vai ser uma tsunami de sentimentos, eu garanto, mas você pode descobrir tantos outros novos sentimentos e significados para algo, e torná-lo ainda mais especial para você.
Eu avisei que estava nostálgica e emocional. Falei que lá vinha história também. Se você ficou até o fim, obrigada! <3
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Floriram: os ipês rosa.




A releitura de Fazendo meu filme 4 tá sendo deliciosa, e além disso eu garanti meu ingresso para assistir a patroa Taylor Swift em Novembro. Mas melhor que isso é saber que todas as minhas amigas e amigos que são ainda mais fãs dela do que eu também garantiram lugar no show.
Também tive finais de semana sossegados agarrada com meu namorado, saindo para comer coisinhas gostosas e torcendo para o domingo não acabar nunca.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Resfriado, garganta inflamada, cólica… Muitos hormônios, estresse no trabalho e com eles, uma saudade danada das minhas férias em Março e claro, das minhas amigas. De quebra descobri que sou intolerante a lactose na última semana. É mole?
e o sol já vai se pondo 🌄
Como sempre, eu vou amar se você me contar nos comentários o que achou dessa edição.
E ah, indica essa newsletter para algum amigo/a/e também.
sobre mim
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…
💐 ingressos para taylor obrigada por virem até nos 💐
Claraaa que loucura, também estou relendo a série fazendo meu filme. Ela também me levou de volta à minha adolescência. A história da fani me marcou muito!! Obrigada por compartilhar