Oi sumido/a! (autocrítica)
Espero que tenha descansado nesse fim/início de ano e não apenas riscado coisas da sua lista de coisas a fazer (autocrítica)
Se você acompanha essa newsletter desde o início, talvez se lembre de um texto que eu escrevi sobre metas e objetivos de virada de ano de 2022 para 2023. Meu plano em dezembro era reenviar esse texto durante minhas férias, já que muita gente nova chegou aqui desde então. Mas quando eu o reli, percebi que tinha uma ou outra coisa que eu queria acrescentar. Então essa é a versão 02 desse texto do ano passado.
Você pode ler o primeiro texto aqui, se quiser. Eu ainda acredito e assino embaixo do que escrevi naquela época, mas se no ano passado eu falei sobre como me irritava as pessoas que inventam metas e objetivos mirabolantes, só para no fim do ano criar piada sobre como não os realizou, esse ano eu quero falar do tal da “melhor versão de si mesmo”. Pelo amor de Deus, precisamos acabar com isso.
A verdade é que eu tenho um pouco de irca (nojo, asco) de melhorias constantes (mesmo que no trabalho eu viva disso). Essa coisa de ter que estar sempre melhorando, se conhecendo mais, se exercitando mais, lendo mais… Às vezes eu só queria ficar onde eu tô nesse tal de crescimento pessoal, e eu tenho certeza que não devo ser a única por aí que pensa assim. Porque caramba, às vezes eu quero só existir um pouquinho, só aproveitar esse mundão com calma sem me preocupar em ser melhor e melhor e melhor. Eu quero só ser. Eu.
Eu estava com isso na cabeça quando um vídeo absolutamente fenomenal da Elizabeth Gilbert apareceu pela timeline, e eu vou citá-lo aqui pra você:
“Você não precisa justificar sua existência na terra através de melhorias constantes. Você não é uma empresa na lista de Fortune 500, você não tem que mostrar lucros crescentes. Você não tem que merecer o direito de estar aqui se colocando em uma posição mais e mais alta. Você pode só ficar aqui. Você pertence aqui”
Então minha mensagem de ano novo é só isso. Tire essa pressão de cima de si que nos rodeia na internet nessa época do ano de que temos que ser algo a mais, temos que ter metas, objetivos, temos que evocar alguma mudança já que um novo ano se aproxima. Nós não “temos que” nada.
Se você quiser ler mais, leia. Mas se não tiver afim, não leia. Se não tiver afim de fazer novos cursos, se não quiser encontrar um novo hobbie, se quiser só existir, tá tudo bem. Não tem ninguém te exigindo nada para continuar vivendo nesse mundo.
Para esse novo ano eu vou continuar desejando gentileza para vocês. Que vocês sejam sempre gentis consigo mesmos e é claro, com o outro também. É aquela frase que todo mundo já cansou de ouvir e que não deixa de ser verdadeira, mas que quando ensinaram pra gente faltou um pedacinho:
“Não trate os outros de um jeito que você não gostaria de ser tratado. E não se trate de uma forma que você não trataria o outro”
Então quando aquela vozinha na sua cabeça começar a gritar com você, lembra que você é tão importante como qualquer outra pessoa. E que se o outro não merece ouvir essa vozinha, você com certeza também não merece. Lembra que você pode desacelerar, que provavelmente você pode deixar essa tarefa pra depois, e que a sua existência tá ai pra ser vivida, e não constantemente melhorada. Você já é suficiente do jeitinho que é.
agora dois vídeos pra arrematar:
O que cruzou minha timeline com o vídeo da Elizabeth Gilbert:
E esse do Mujica que já mandei aqui e passou por mim de novo esses dias:
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Eu tirei férias, e apesar de não ter ficado tão atoa quanto eu gostaria, eu finalizei um mundaréu de projetinhos interminados que estavam me assombrando. Meu plano é terminar todos antes de voltar a trabalhar, pra ter menos uma preocupação na correria do dia a dia.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Dezembro e Janeiro estão sendo meses de despedidas, reencontros e mais despedidas. Parece que virou moda as amigas todas morarem longe, e meu coraçãozinho canceriano chora toda vez que elas vão embora. Mas ao mesmo tempo fica um quentinho de saber que elas estão conquistando o mundo <3
a propósito, eu sou a Clara
e 2023 foi um ano de quebrar muitas barreiras pessoais pra mim, e acho que por isso o vídeo da Elizabeth Gilbert me deu um abraço tão quentinho. Em 2024 quero desacelerar, fazer menos listas de coisas para fazer e deixar o coração seguir pra onde quiser.
“Entre suspiros (de amor e limão)” é meu primeiro livro e está disponível na Amazon.
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…