Eu gostei tanto da última edição da
que quis pegar carona no tema. A edição delas fala sobre silêncio, e sobre como ele ressoa de forma diferente em cada uma. Não sei se vou seguir exatamente o tema, mas os textos desta edição me deixaram pensando em algumas coisas…Eu tenho uma dificuldade danada de me posicionar. Minha terapeuta que o diga, e disse, várias vezes. No trabalho, na família, com amigos, no relacionamento amoroso. Às vezes, o mundo estava acabando dentro da minha cabeça e eu não falava um pio. E muitas vezes porque eu realmente não conseguia falar.
Eu poderia abrir a boca, e nada sairia. Quando fui puxando alguns acontecimentos específicos na memória, entendi de trás pra frente porque eu sempre fui uma garota de escrever cartinhas: eu não conseguia dizer em voz alta tudo que eu queria.
Cartinhas para as amigas, para pedir desculpas, para dizer o quanto eram importantes para mim, cartinhas de amor, cartinhas para minha mãe… Ali eu podia escrever, reescrever, apagar, escolher uma palavra melhor, e só quando tudo estivesse perfeito, a mensagem era enviada. É claro que eu não parava para pensar que as pessoas interpretam de diferentes formas um texto escrito, e a minha mensagem tão meticulosamente escrita, poderia ser mal interpretada.
Mas ainda assim, era uma opção melhor do que uma conversa ao vivo, onde uma palavrinha poderia ser escolhida errada e um furo no peito do outro ser feito por puro descuido. Esse era (e às vezes ainda é) meu medo. Por eu ser tão sensível às palavras que me são ditas, eu tomo o triplo de cuidado com as palavras que eu digo. Ou então, prefiro nem dizer. Mas não dizer nada não resolve porcaria nenhuma. Aquilo ia se embolando cada vez mais dentro de mim, crescendo no meio do relacionamento que fosse.
Eu ainda não sou uma pessoa que vai lá, puxa a conversa, fala tudo que tá na cabeça e resolve a situação. Eu vou ficar pelo menos umas duas semanas pensando no que falar, e aí eu vou ficar tentando encontrar o melhor momento possível (que não existe) e, suando frio, vou tentar iniciar a conversa. Tudo para tentar evitar com que minhas palavras machuquem o outro.
Às vezes o meu silêncio é em preparação para as palavras que estão por vir.
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Eu ganhei um anel com uma pedra de brilhante no meio, do meu amor. E vi uma das minhas amigas mais antigas se casar com o amor dela.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
O trabalho tem sugado minhas energias, e eu estou, mais uma vez, em uma das sagas que eu mais detesto: procurar médicos bons para me atender.
a propósito, eu sou a Clara
e foi minha dificuldade de falar em voz alta que, provavelmente, me aproximou da escrita. Aqui, é mais fácil deixar as ideias saírem.
“Entre suspiros (de amor e limão)” é meu primeiro livro e está disponível na Amazon. Se você gosta de comédias românticas, ou se está em busca de uma história levinha para preencher seus momentos de descanso, esse livro é pra você!
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…
caracaaaa, eu amei essa edição!! “Às vezes o meu silêncio é em preparação para as palavras que estão por vir.” isso aqui 👏🏻👏🏻 me identifiquei demaais
Clara, AMEI a edição de hoje! assim como você, desde criança me expresso escrevendo, ou me encontrando por meio da escrita do outro e usando como referência – seja para uma autoanálise, ou para levar de referência para quem confio e posso me expressar e abrir. o que fica, pra mim, é que muitas vezes o silêncio é um "editor".