Saí pra andar esses dias e, perto de virar a segunda esquina, disse pro meu namorado o quanto eu amava quando bate uma brisa e eu estou andando na rua.
Depois fiquei me perguntando: será que eu só amo tanto a brisa no rosto porque passo tanto tempo dentro de casa, escritório, carro? E será que eu amaria tanto o vento se o sentisse todo dia? E já mudando de assunto, será que sempre terei essa vontade de criar dentro de mim, mesmo quando puder criar o dia inteiro?
E será que a gente se contenta, em algum momento? Será que eu quero me contentar?
Será que existe o equilíbrio perfeito de todos os pratinhos que queremos equilibrar? Ou será que sempre terá um mercúrio retrógrado ou uma pedra no meio do caminho para nos fazer tropeçar e jogar tudo no chão?
Será que na vida, em algum momento, teremos o sentimento de que algo foi exatamente suficiente? Que não tenha sido tempo de menos de férias, que o encontro com os amigos poderia ter durado umas horinhas a mais, que aquela reunião devia ter durado um pouquinho menos.
Será que tudo isso aconteceu por um motivo mesmo? Ou será que é só uma desculpa que eu tenho dito para mim mesma para continuar seguindo em frente sem desanimar demais?
Depois me lembrei de ter 16 anos e amar a brisa que balançava meu cabelo no ponto de ônibus, então talvez gostar do vento seja algo que vem lá de dentro de mim mesmo. Acho que fiquei tanto tempo em casa que comecei a viajar na maionese (disse a garota em 2024, depois de ter vivido uma pandemia em casa).
o que floriu por aqui 🌼
O que aconteceu de bom ou de novo aqui no meu quintal.
Depois de 3 semanas em casa sem carro, já estou passeando por aí com ele de novo. Participei do “Encha seu Kindle” com meu livro de romance e tive um resultado muito legal. E nem tô falando de vendas, tô falando de pessoas realmente lendo meu livro e me mandando mensagens nos dias que seguiram o evento, me deixando bobinha com todos os elogios.
o que secou por aqui 🥀
Eu sou zero a favor da ideia de vida perfeita que muitas vezes temos na internet. Então essa seção é para falar de coisas não tão floridas que aconteceram, pois afinal de contas elas também fazem parte da vida, né?
Os meus últimos dias em casa sem carro foram bem chatinhos. A entrega dele atrasou, os planos que eu tinha feito foram por água abaixo e isso por si só me tirou um pouco do eixo. E pergunta se consegui usar esse tempo em casa para criar alguma coisa?
Esse tempo seco-apocalíptico que está fazendo em BH e região também não está dos mais agradáveis de se viver.
Ah, e escrever? Como faz isso mesmo?
a propósito, eu sou a Clara
e às vezes eu começo a me questionar como eu vim parar aqui, e outras vezes eu estou tão cheia de energia e esperança que sei exatamente de onde vim e até onde vou chegar. Acho que o equilíbrio faz bem.
“Entre suspiros (de amor e limão)” é meu primeiro livro e está disponível na Amazon. Se você gosta de comédias românticas, ou se está em busca de uma história levinha para preencher seus momentos de descanso, esse livro é pra você!
Daqui a 15 dias tem mais, mas se quiser continuar lendo…